Um vírus urbano Rua da Bahia, 1200 - Centro, Belo Horizonte - MG, Brasil
Postado em 14 de novembro de 2016 / 501

(Para a Laís Ferreira Oliveira)

Nesta casa vazia não mora ninguém.
Um pixel esvaziou-se no cluster.

A aposta se perdeu na senha adulterada.
O insensível vírus quer cerrar o labirinto.

Refaz-se o caminho na trama codificada.
Onde se descortina a vida sob a retina?

Subo Bahia e viro a esquina. Não é sempre
mas hoje o inesperado supera a rotina.

Oxumaré um arco-íris serpenteia. No corpo
a sede cessa, mas o sangue flui em lavas.

O que me espera? Rubra e luminosa luz
o leito macio o fogo em brasa o ás de copas.

Rogério Barbosa Silva

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