Tenho flores
Tenho estrelas
Tenho arestas na minha mesa
Tenho bem longe dali
Alguma saudade
Tenho matas a me cobrir
Ventos a gargalhar
Fronteiras a sucumbir
Poemas a arremessar
Se eu me varrer
De mim não saio
Dispus a me vencer
Sem obstáculos contrários
E ainda dou-me no risco
De ao menos um sentido me devolver
Eu fui descolorindo
Quando a cor não deu para viver
E agora estou em vida
E largo essa saudade
Saudade de minha vida
Que coexistia possuindo mais uma vontade.