Da minha janela vejo as belas montanhas,
Nasce ali, em instantes, paz árcade no coração,
A cerração bem cedo e cheia de manhas
Vem lembrar a volatilidade que é a paixão.
Ah, neblina densa não me deixas ver nada!
Não consigo encontrar o real meio ao turvo,
Paixão que me cega, alma negra condenada,
Óh deuses do amor! Eu me rendo, eu me curvo.
Bela, inconstante, Floresta de Juiz de Fora,
Por que me prendes? Não me deixas ir embora?!
Preciso da clausura! Tanto morro me apavora!
Volto da clausura, o chão agora está molhado,
Tudo muda muito rápido e o morro está parado,
Poeta Julgado, noviço de Fora, coração condenado.
Nossa, José! Que maravilhoso! Se existe algo que pode ser chamado de literariedade o seu poema tem isso! Achei de muita qualidade e tocante! Obrigada pela leitura!
Você me manda para outro tempo e outro espaço. Muito bom o seu poema!
Um poema tradicional, exatamente como você gosta e muito bem executado. José, adorei!
Meu conselho/pedido: queria ver um José que fosse mais moderninho, livre da métrica. Tente!