Deslumbrou-se pelo nome da praça
O menino que sabia de tudo.
De tudo um pouco o menino sabia.
Do casal que namorava no banco
Imaginava sua intimidade…
Fantasiava algo que sabia,
Algo que a vida cedo lhe ensinara.
Via o velho jogar comida aos pombos,
Sabendo que sentia fome e sede.
E então fantasiou ser um dos pássaros
Mas sabia que não podia sê-lo.
Começou a observar um turista
Que fotografava tudo o que via.
O menino não precisa de foto,
Sabia que tudo pertence a ele.
Falou para si mesmo: Liberdade.
Perdeu-se no som da última sílaba.
“Nome bonito”, pensou o menino.
Sabia que ali era seu lugar
E, por um instante, voltou à vida:
Soube que o turista o fotografava,
O porquê nenhum deles saberia.