num domingo de maio
avanço a poder de cento e quarenta
e dois cavalos na antiga pista onde outrora
corriam soltos rumo à colina devastada.
ali estruturas complexas corromperam a paisagem.
na noite porém os astros persistem no teatro de sombras
e eis que a lua inside num clarão de prédios
sobre um edifício alto pomposo moderno
e se acende como um formoso icone.
vejo leio miro belmiro.
o trailer se desencadeia na retina
e a nostalgia lírica ativa no ouvido
a turbulência que perturba a grande roça,
o ricochetear da revolução jamais televisionada.
fico pasmo: é ainda possível sonhar na rua erê?