O Rio de Janeiro continua lindo, já diziam os poetas
A beleza do Rio de Janeiro atravessa séculos
Capital ou não
Aos olhos de fora
o Brasil é Rio de Janeiro e o Rio de Janeiro é Brasil
E é e continua lindo
O fim da tarde retrata
a Barra da Tijuca retrata
O fim da beleza
Enquanto sentada em cima de seu trono
ou cadeira
A sereia vê o pôr do sol
e agradece pela oportunidade de ver
a beleza que continua linda
agradece por estar a passos de casa
para não ser atingia pela violência
que os de antes causaram
Deixando-os à margem, no alto, do mar.
Não entende e nem quer saber
porque, ah…
os mares do Rio não superam lugar nenhum
Nem mesmo seu quarto dentro do condomínio fechado,
onde ela pensa sobre o amor
Enquanto isso, no alto do Rio, bem acima, longe, longe, bem longe
dor mar
tão longe que não se consegue olhar
até porque o pôr do sol na Barra da Tijuca não nos permite
há pessoas que estão em seus quartos
pensando no que vai ser
se vai viver
ou morrer
ou vai comer
no alto
A vista: o mar
Os mundos: distantes
no mesmo lugar.
Mas para meus olhos, e para seus olhos, e para os olhos que não são daqui
o que importa é que o Rio de Janeiro continua lindo
Maravilhoso, seu poema Ju!
Gostei do seu poema, mas achei que faltou profundidade. O contraste gritante da violência carioca, achei que ficou um pouco genérico o modo como foi apresentado, talvez porque você escolhido a Barra como cenário: um local um pouco afastado das favelas. Pra mim, não funcionou muito bem, A última estrofe ficou muito boa. Eu gostei como fechou seu texto. Parabéns!