Meus pensamentos dão voltas na sala. Correm em direção à porta e descem desvairados pela rua. Pulam de esquina em esquina, deixando um rastro de suspiros abafados, provocando palpitações às mentes mais cândidas. Ferozes, chegam ao teu bairro. Sobem as escadas de mansinho, entram na tua casa e batem à porta do teu quarto. Se enroscam em teus braços, entram por baixo da tua camisa, descem por tuas pernas, sobem por tua nuca. Subitamente, tu lembras de minha existência: “o que será que ela faz agora?”.
Do outro lado da cidade, meus futuros planos gritam.